sexta-feira, 8 de maio de 2015

5 Perguntas a.... André Baltazar

André aos 18 anos
1- Saíram as classificações da época, qual é o primeiro sentimento que te ocorre?
André Baltazar - É um misto de sentimentos de felicidade e tristeza. Felicidade por ter trabalhado ao longo da época e ter conseguido o objectivo ao qual me propus no início da época e de tristeza porque o ano passado quando desci já tinha ponderado e decidido abandonar a arbitragem por falta de motivação para continuar, mas tive um problema familiar em que o meu Tio com apenas 38 anos em fase terminal da vida pediu me para não abandonar por ele, e não resisti a este apelo e dai a tristeza por não poder partilhar este “prémio” com ele.

2- Foste o melhor arbitro nesta época, o que te fez ser melhor do que toda a concorrência? 
A. B.Uma boa questão para ser colocada aos observadores pois foram eles que me avaliaram, na realidade tive uma época muito bem conseguida, muito regular, de muito trabalho e dedicação em que nas provas fiz as 15 voltas e nos testes escritos tive 93 e 100 pontos respectivamente, não posso avaliar o trabalho dos meus colegas, só posso falar por mim e o que posso acrescentar é que treino 3 vezes por semana, duas delas no CT em Ourique, e que de facto o 1º lugar não caiu do céu ou foi obra do acaso, como dizem os números fui efectivamente o melhor esta época porque fiz para isso respeitando todos os meus colegas mas desbravando o meu próprio caminho.·

3- Depois de uma época a arbitrar na antiga 3.a Divisão e uma época a arbitrar no Campeonato Nacional de Seniores vais para a próxima época seguramente como um dos mais experientes do quadro de 60 Estagiários, isso fará a diferença, sentes que é possível subir?
A. B. - Pode ser um ponto mais a meu favor, mas não será por ai certamente que terei uma boa ou má prestação, se não continuar a trabalhar como o fiz até hoje, com esforço e dedicação não será só por esse factor que fará a diferença, acho que esse factor experiência se nota mais a nível distrital, como dizia o César Leitão durante esta época e nos poucos jogos que foi comigo – "os jogadores com o André Baltasar são muito mais calmos". 
A época passada foi sem duvida a que mais trabalhei em prol da arbitragem e no fim desci de categoria, por vezes a experiência, a qualidade não são suficientes se não tivermos a tal pontinha de sorte em outros factores fora e dentro do terreno de jogo.
Se sentisse que não era possível subir, certamente daria o lugar a outro, sei que não é fácil pois os 60 estagiários se lá estão é porque tem qualidade e por alguma razão foram os melhores dos seus distritos mas vou lutar pelo meu espaço até que me seja possível.

André a apitar na FPF
4 - Nas 2 épocas nos nacionais trabalhaste com o César Leitão e o António Guerreiro como assistentes, nesta época foram Gonçalo Ramos e Miguel Serpa, na próxima temporada qual será a tua equipa?
A. B. Sinceramente ainda não pensei sobre essa questão, porque ainda me falta um passo para voltar aos Campeonatos Nacionais.
Ainda não é um dado adquirido e é nisso que estou focado e o restante é secundário, se tudo correr como espero em Rio Maior durante aquela semana na Academia depois terei tempo para pensar sobre essa questão. Até porque em caso de se confirmar a minha subida e a do Rochinha os recursos que temos na nossa zona não nos dá muita margem de escolha, seria sempre uma questão a ver entre os dois, mas como disse anteriormente neste momento é uma questão secundária.

5 - Como vês o estado actual da arbitragem bejense, deixa uma mensagem a todos especialmente para os mais jovens.
A. B. - A arbitragem bejense está de boa saúde e recomenda-se!
Em termos distritais temos uma mescla interessante de juventude e experiência que se for bem gerido terá resultados muito interessantes.
Tive o prazer de trabalhar ao longo da época com um jovem árbitro que foi o Gonçalo Ramos, um miúdo humilde, com muita vontade de aprender, com imensas potencialidades e se for bem “trabalhado” daqui a 4/5 anos estará nos nacionais pois qualidade não lhe falta e penso que ele é o melhor exemplo para os jovens árbitros.
Como conselho digo-lhes que podemos ser muito bons fisicamente e tecnicamente mas sem trabalho, dedicação e suor os objectivos a que nos propomos a cada época ficam mais complicados. 
Em termos nacionais temos 5 árbitros o que demonstra bem que qualidade não nos falta, e espero sinceramente que todos atinjam os objectivos a que se propuseram no inicio de época, e que para o ano em vez de 5  árbitros sejam 8 árbitros nos quadros nacionais seria muito bom sinal e um bom prenuncio para o futuro.
Gonçalo Ramos, Diogo Bonito, André Baltazar, Périka e Miguel Serpa


Felicidades ao Blog!! 
Abraço a todos.

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