sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Setúbal, Braga e Beja contra alteração dos quadrosNOVO MODELO COMPETITIVO DA 2.ª E 3.ª DIVISÕES


As Associações de Setúbal, Braga e Beja discordam da proposta de mudança dos quadros competitivos da 2.ª e 3.ª divisões, que será apresentada sábado na Assembleia Geral da Federação Portuguesa de Futebol (FPF). Em declarações à Agência Lusa, o presidente da Associação de Braga classificou a "extinção da 3.ª divisão" de "desastre competitivo a nível nacional". "É uma proposta extremamente redutora e é o mesmo que levar ao desaparecimento de um grande número de clubes que não verão interesse em participar em provas distritais", disse à Lusa Carlos Coutada, mostrando-se "profundamente contra a proposta, que apenas é justificada por interesses economicistas da FPF". Daí que o presidente da Associação de Braga defenda um "modelo alternativo" para a 2.ª divisão, com três séries de 16 clubes, em que sobe à Liga de Honra o vencedor de cada uma e descem os quatro últimos, e para a 3.ª divisão, com cinco séries no continente com 16 clubes e duas nas regiões autónomas com 12 equipas, subindo à 2.ª divisão os dois primeiros das séries do território continental e o campeão das competições insulares. "Acabar com a 3.ª divisão e fazer uma competição pró nacional é uma proposta muito limitada, que não nos agrada. Os clubes da região também se manifestaram contrários. À partida, somos contra", frisou o presidente da Associação de Beja, Fernando Dionísio, realçando a possibilidade de que o modelo proposto seja "submetido a diversas alterações no plenário das Associações (sexta-feira) e mesmo durante a Assembleia Geral da FPF". Também a Associação de Setúbal anunciou hoje em comunicado que os clubes do distrito, presentes numa reunião realizada terça-feira, "decidiram, por unanimidade, recusar liminarmente as propostas apresentadas", defendendo que "as mesmas deveriam contemplar uma reformulação global de todas as competições nacionais e não apenas dos campeonatos nacionais das 2.ª e 3.ª divisões". Os clubes setubalenses manifestaram ainda "discordância relativamente aos critérios utilizados pela FPF para a constituição do grupo de trabalho para a reformulação dos quadros competitivos nacionais". "O mesmo não é representativo dos clubes, que são os primeiros interessados e que melhor conhecem a matéria em apreço e por a proposta apresentada ter sido elaborada sem ouvir aqueles a que a mesma se destina", sublinha a Associação de Setúbal. No sentido oposto, as associações de Leiria e Santarém, contactadas pela Lusa, garantiram apoiar a mudança do modelo competitivo. "Somos favoráveis, mas temos total disponibilidade para mudar, perante melhores sugestões. É provável que esta proposta não reúna unanimidade, mesmo junto de associações que têm responsabilidades acrescidas", disse à Lusa o presidente da associação leiriense, Júlio Vieira. Também Rui Manhoso, presidente da Associação de Santarém, assegurou apoiar a proposta que será apresentada sábado, acrescentando que "corresponde à necessidade actual do futebol português, onde a terceira divisão não tem cabimento". A FPF criou um grupo de trabalho constituído por elementos da Comissão Delegada das Associações Distritais e Regionais e da própria federação para procederem a uma revisão dos quadros competitivos de seniores, que será apresentada sábado na Assembleia Geral. Antes, sexta-feira, as associações de futebol reúnem-se em plenário, na sede da FPF. Para 2009/10, época transitória para o novo modelo, é proposto que o Nacional da 2.ª Divisão seja disputado por 48 clubes, divididos em três séries de 16 clubes, que jogarão entre si a duas voltas para apurar o vencedor de cada série para uma fase final. O modelo da 2.ª Divisão deverá manter-se para as épocas seguintes. Nesta fase, os três vencedores jogam entre si a duas voltas para apurar a classificação final, subindo à Liga de Honra os dois ou três clubes melhor classificados, enquanto à III Divisão descerão os quatro últimos classificados de cada série. Já o campeonato nacional da 3.ª Divisão será disputado por 96 clubes em duas fases. Na primeira, os 96 clubes serão divididos em oito séries, seis do Continente com 12 clubes cada, mais uma dos Açores e outra da Madeira, ambas de 12 clubes. Na primeira fase, os clubes de cada série jogam entre si a duas voltas, com os seis primeiros a seguir para a fase de subidas e os seis últimos para a de descidas, para onde passam com 50 por cento dos pontos obtidos. Na fase de subidas, os clubes jogam entre si a duas voltas, subindo os dois primeiros à 2.ª Divisão, enquanto na de descidas, e apenas nesta época de transição, descem os três últimos.


3 comentários:

Unknown disse...

GOLPE DE MORTE OU DE BAU TANTO FAZ
Algumas ASSOCIAÇÕES com o apoio da LIGA DE FUTEBOL PROFISSIONAL prestaram hoje um deplorável serviço ao futebol português. Sem discussão com os seus clubes, como foi o caso da Associação Futebol de Lisboa, aprovaram uma nova grelha para os Quadros Competitivos que em nada dignifica o futebol e demonstra promiscuidade entre alguns destes agentes que têm assento na Assembleia Geral da Federação Portuguesa deFutebol.
Pergunto o que fez correr esta gente para aprovar estas medidas sem discussão e precisamente no último dia em que era possível tomá-las ? Aqui há gato escondido com rabo de fora. Neste momento ainda não sei quem foram todos os protagonistas que venderam a alma ó diabo, mas há uma certeza que eu tenho e que o futuro me vai revelar, vamos ter calma e esperar para ver onde se vão sentar daqui a uns tempos alguns deles. Nessa altura vamos compreender melhor os factos do dia 31 de Janeiro.
Vamos aos factos. Os campeonatos Nacionais vão ter menos 84 clubes no seu todo. A II divisão nacional é composta por 3 séries de 16 clubes cada, de uma assentada descem 20 clubes da II divisão nacional directamente ao Regional, ou seja 7+7+6. Do regional sobem os primeiros de cada Associação, 18 do Continente mais o Campeão dos Açores e o Campeão da Madeira.
Aquilo que é uma dinâmica natural do futebol da III divisão que se espalha pelo País fora acabou.
Há clubes que nunca mais saberão o que é disputar uma prova de cariz nacional. A desertificação vai ser um fenómeno que vai acontecer também em termos de futebol. A história do futebol em Portugal é rica nesse aspecto, são muitos os exemplos do desinteresse das populações pelo futebol quando a equipa da terra desce de divisão, não aponto nenhum caso por respeito a clubes que fizeram história no futebol em Portugal. Até aqui havia a perspectiva de uma recuperação mais ou menos rápida, agora ao cair no Regional que interesse pode mover as populações ?
Ao que sei uma das razões que estes idiotas (pessoas com ideias) apresentam é a questão das despesas e das receitas, se estão à espera de resultados dessa natureza estão completamente enganados e quando os resultados forem conhecidos, se estes homens que tiveram o arrojo de proceder a estas alterações se se mantiverem no Poder, então vão determinar o encerramento dos clubes.
Com dirigentes destes, sem perspectivas, sem ideias ...então o futebol não precisa de inimigos, basta-nos os que o servem, mal é certo, mas porque quem os elege é que tem culpa.
Espero que os clubes quando se aperceberem do logro em que lhes meteram saibam cobrar a esses dirigentes de má memória.
DOMINGOS ESTANISLAU - Presidente do CLUBE FUTEBOL BENFICA

Unknown disse...

QUEREM MATAR O FUTEBOL NÃO PROFISSIONAL
Sou obrigado a concluir que aqueles que lançaram a confusão no final da época passada com a questão dos play-offs provenientes da malfadada alteração que fizeram aos Quadros Competitivos, da II e III Divisões, que intitulei na altura como"A EMENDA FOI PIOR QUE O SONETO", ainda não estão satisfeitos com o mal que já causaram e preparam-se mais uma vez para dar uma machadada final neste futebol que cobre o País de Norte a Sul. Trata-se de uma atitude irresponsável, maquiavélica e não serve de forma alguma o futebol no cômputo geral. Que procuram estes dirigentes que não sabem dirigir, porque não acredito que se soubessem o que estavam a fazer não caminhavam por este caminho sinuoso que encetaram há dois anos.
QUE FAZ CORRER ESTES SENHORES QUE QUEREM METER O FUTEBOL NÃO PROFISSIONAL NUM BECO SEM SAIDA?
QUE INTERESSES ESTÃO ELES A DEFENDER E PORQUÊ ?
Não posso deixar de criticar de forma severa a Associação de Futebol de Lisboa pelo envolvimento que tem nesta situação, sem estar mandatada para o efeito. O que faz o meu amigo Carlos Ribeiro (Presidente da AFL) correr atrás desta autêntica trafulhice que querem impingir aos clubes? O Presidente da minha Associação já explicou aos seus clubes que se o novo figurino proposto vingar que não são só os clubes que estão na II e III divisões nacional que são mal tratados? Enfáticamente, atiram-nos areia para os olhos, chamando à Divisão que substitui a III divisão nacional , de Campeonato Nacional 3ª Divisão Pró- Nacional. Este campeonato não é mais nem menos que mais uma divisão Regional, que lhe deram este nome como forma de enganar tolos.
Entretanto se isto vier a ser aprovado, as regras do jogo são alteradas a meio do mesmo, isto é, a perspectiva traçada aponta para que na época de 2009/2010 as séries da III divisão nacional sejam formadas por 12 clubes, o que provoca mais descidas que o habitual, na época que está a decorrer. Em 2010/2011 surge então o C.N. 3ª Divisão Pró-Nacional.
Com esta alteração, a acontecer, há regiões do País que nunca mais verão futebol com matriz nacional. QUERO POR ISSO CHAMAR A ATENÇÃO DOS CLUBES DAS ASSOCIAÇÕES COM MENOS PODER E DOS DIRIGENTES DESTAS PARA NÃO SE DEIXAREM ENGANAR.
Prestar um mau serviço ao futebol é embarcar neste barco que se apresta para naufragar num tempo próximo.
Este modelo que agora estes idiotas querem-nos impingir é um modelo que vigorou na decada de 50/60, não inventaram nada de novo, ao menos que tivessem um pouco mais de imaginação.
Aproveito para saudar aquelas Associações que reuniram com os seus clubes e vão votar de acordo com a decisão dos mesmos que visa recusar a proposta que vai estar em discussão.
Quanto à 2ª divisão nacional todos estamos de acordo já que o modelo em vigor, sendo uma aberração em termos competitivos, foram também estes senhores que implementaram esse campeonato. Assim, esta proposta não merece qualquer contestação, antes pelo contrário ´
é de aplaudir.
SENHORES DIRIGENTES DE CLUBES NÃO ADORMEÇAM AINDA É TEMPO DE FAZER VALER O NOSSO GRITO DE REVOLTA.
Por ultimo quero ainda referir o seguinte: Foi há pouco tempo publicado no Diário da República o Novo Regime Juridico das Federações, quero isto dizer, que vai haver alterações significativas no âmbito da Assembleia Geral da FPF. As Federações têm 6 meses para adaptar os seus Estatutos à nova legislação por isso não se compreende a razão de tanta aflição em proceder a alterações tão profundas no futebol não profissional como agora se sugere. Também não compreendo e penso que isto é mesmo propositado porque razão esta Assembleia Geral da FPF vai ocorrer precisamente no último dia em que é possível proceder a alterações nos Quadros Competitivos, já que como se sabe o prazo termina no dia 31. Isto é mais uma prova de que tudo é feito com alguma intenção.

Unknown disse...

O FUTEBOL NAO PROFISSIONAL ESTÁ DE LUTO !
Ao votar favoravelmente a alteração dos Quadros Competitivos de Futebol Sénior ( II e III Divisão Nacional) a Assembleia Geral da Federação Portuguesa de Futebol deu em nosso entender, uma grande “machadada” no Futebol não Profissional. A FPF com a justificação de com esta proposta está a ir ao encontro da realidade desportiva e económica do País e das dificuldades financeiras dos Clubes, mais não está do que a sobrepor o Futebol Profissional sobre o Não Profissional. A LPFP( 100 votos) e a APAF (50 votos) ao votarem a favor,ajudaram como "coveiros" do Futebol Nao Profissional, eliminando o Campeonato Nacional da III Divisão Nacional, com a consequente  despromoção obrigatória  na próxima época de 80 Clubes e mais de 100 árbitros da III Divisão Nacional para os Campeonatos Regionais.
O que muda
Época transitória de 2009/10
III DIVISAO NACIONAL
96 Clubes, divididos em 8 séries de 12 equipas(6 do Continente, 1 dos Açores e outra da Madeira).
Campeonato a 2 voltas para apurar os 6 primeiros( que disputam a fase de subida).Sobem 2 Clubes por série (total 16 Clubes) á II Divisao Nacional. São despromovidos aos Distritais 10 Clubes por série (total 80 Clubes)
Época 2010/11
II Divisao Nacional
48 Clubes, divididos em 3 séries de 16 Clubes.O 1º Classificado de cada serie disputará a fase final de apuramento do campeão e sobem 2 ou 3 (mediante acordo com a Liga)á Liga Vitalis. Descem um total de 20 Clubes aos Campeonatos Distritais.
III Divisão Nacional
Foi extinta, nao existirá
Campeonatos Distritais
Sobem 20 Clubes, os vencedores de cada Campeonato distrital, mais 1 da Madeira e outro dos Açores.
Veja abaixo quem ( e como ) votou a proposta na Assembleia Geral de 31.01.09
Sócio da FPF
Como votou
Liga Portug Futebol Profissional
A favor
Aveiro
Contra
Sindicato Jogadores
Abstenção
Sindicato Treinad Futeb
Contra
Assoc. Nac.Dirigentes
Abstenção
Assoc. Nac. Enfermeiros
Abstenção
Assoc. nac. Médicos
ausente
Angra do Heroismo
A favor
APAF
A favor
Algarve
A favor
Beja
Contra
Braga
Contra
Bragança
A favor
Castelo Branco
A favor
Coimbra
Contra
Évora
Contra
Guarda
A favor
Horta
A favor
Leiria
A favor
Lisboa
A favor
Madeira
A favor
Ponta Delgada
A favor
Portalegre
A favor
Porto
A favor
Santarem
A favor
Setubal
Contra
Viana Castelo
A favor
Viseu
A favor
Vila Real
Contra
 
 
Resultados em nº de votos
 
A favor
312
Contra
123
Abstenções
60