sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Bwinliga » Árbitro do Clássico

Precisamente um ano depois do Sporting-Benfica, Jorge Sousa vai amanhã dirigir o segundo clássico da carreira iniciada em 1993/94 (foi promovido à 1ª categoria oito anos depois). Por uma questão estratégica, o árbitro internacional do Porto tem preferido manter-se afastado das imagens e dos microfones.
Foi assim quando solicitado a comentar a nomeação para o Benfica-FC Porto e foi assim ontem, ao faltar ao habitual treino das quintas-feiras, que decorre no estádio de Valbom e que, no Centro de Treinos do Porto, junta todos os árbitros e árbitros-assistentes da AF Porto. Jorge Sousa entendeu ser melhor treinar em privado e, assim sendo, não saiu de Lordelo, preparando-se no relvado do Estádio do Aliados de Lordelo com José Luís Melo, um dos assistentes com quem vai formar equipa. O outro é José Ramalho. Acima de tudo, o que Jorge Sousa pretende é passar despercebido e que seja dado protagonismo a quem o deve ter: os jogadores.
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Objectivo: estabilidade emocional
Pedro Henriques foi o último árbitro a dirigir um clássico. A 29 de Setembro, na Luz, o árbitro de Lisboa esteve no Benfica-Sporting. Um clássico, conta Pedro Henriques, é preparado com os mesmos cuidados de outro jogo.Depois de conhecida a nomeação, há a preocupação em planificar, com os assistentes nomeados, tudo o que respeita ao jogo. "Sendo da mesma zona, procuramos fazer algum trabalho de coordenação", revela. Nos treinos de terça e de quinta-feira, no Centro de Treinos, é feito, no relvado, um trabalho mais técnico e virado para a arbitragem, como deslocações nas diagonais, de frente ou de lado. Às sessões no ginásio e na piscina acrescenta-se o treino da véspera, "mais ligeiro e relaxante", diz, preenchido basicamente com corridas contínuas e alongamentos. A análise das equipas intervenientes através do visionamento de videos dos jogos é outro dos trabalhos de casa efectuados.
Muito importante, confessa Pedro Henriques, é haver estabilidade emocional. "Temos cuidados a nível alimentar, muito repouso e muito convívio com a família para manter o bom humor e a tranquilidade", adianta.
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Trabalho planificado
Os árbitros ainda não são profissionais, mas trabalham como se fossem. A exemplo do que acontece em outros pontos do País, todas as semanas os árbitros encontram-se à terça e à quinta-feira para uma preparação específica tendo em vista o jogo que se segue. Em Valbom, os árbitros e assistentes, incluindo Ana Pinto e Sandra Nogueira, cumprem, em pleno relvado, o trabalho planificado pela Comissão de Arbitragem da Liga. A ideia é cuidar do físico e ensaiar para errar o menos possível.
in O Jogo